De repente, saltei pra fora (!)
Chutei a porta, quebrei as regras dos meses e das horas
Meu choro, meu dizer:
Cheguei e agora?
Lá em casa, todo mundo esperando noticias.
De olhos fechados, eu via o mundo como um palco, aonde
brincar
Saltei pra vida sem chorar
Na verdade, sempre soube esconder o choro
Diziam até que eu ria
Mas, que ironia (!!!)
Ter que apanhar, pra poder ser feliz
Dias depois, “voltei” pra casa, agora fora da barriga da
mamãe
Lá era melhor, mas já que estou aqui
Vou ficar por mais um tempão
Não quero saber de partir, sem dizer adeus
Nem partir sem seduzir a vida
É cedo de mais para mundo escurecer
Mesmo sem freio eu aprendi a chegar devagar, sem fazer alarde.
Mas, quantas vezes no silêncio da noite é o cachorro que
late
Denunciando minhas peripécias
Não faz mal, é um dom da espécie (!)
Nasci no mês da fumaça, perto de São Pedro
De um santo massa, que soube me agradar
Só esqueceu que sou roqueiro e não sei dançar
A não ser quando perco o passo e deixo de te ver passar
Enquanto isso (:)
Meninos crescem e esquecem
Que já mais poderão deixar de ser crianças
E que trazem a esperança de quem sabe entrar na dança
E fazer da inocência um par.