quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dançando sem par


De repente, saltei pra fora (!)

Chutei a porta, quebrei as regras dos meses e das horas

Meu choro, meu dizer:

Cheguei e agora?

Lá em casa, todo mundo esperando noticias.

De olhos fechados, eu via o mundo como um palco, aonde brincar

Saltei pra vida sem chorar

Na verdade, sempre soube esconder o choro

Diziam até que eu ria

Mas, que ironia (!!!)

Ter que apanhar, pra poder ser feliz

Dias depois, “voltei” pra casa, agora fora da barriga da mamãe

Lá era melhor, mas já que estou aqui

Vou ficar por mais um tempão

Não quero saber de partir, sem dizer adeus

Nem partir sem seduzir a vida

É cedo de mais para mundo escurecer

Mesmo sem freio eu aprendi a chegar devagar, sem fazer alarde.

Mas, quantas vezes no silêncio da noite é o cachorro que late

Denunciando minhas peripécias

Não faz mal, é um dom da espécie (!)

Nasci no mês da fumaça, perto de São Pedro

De um santo massa, que soube me agradar

Só esqueceu que sou roqueiro e não sei dançar

A não ser quando perco o passo e deixo de te ver passar

Enquanto isso (:)

Meninos crescem e esquecem

Que já mais poderão deixar de ser crianças

E que trazem a esperança de quem sabe entrar na dança

E fazer da inocência um par.