quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por Aí...


Escrevo como se escreve para eu mesmo ler. Em cada palavra as impressões da vida, das coisas pequenas, coisas que passam despercebidas todos os dias por milhões de pessoas. Hoje fui à livraria e quase comprei a biografia da Clarice, na verdade fui para comprar “O Diário de Um Combatente”, mas esbarrei com as maravilhas da Ucraniana. Tenho passado horas lendo cada palavra sua, vendo fotos e a imaginando nos dias de hoje. Estou ouvindo Humberto Gessinger, enquanto escrevo.
Fiz muitos planos esta semana, planos de mudar aquilo que já não me serve mais. Coisas em excesso que carreguei a vida toda, até que me serviram de pontes para que eu chegasse até aqui. Mas, se assim foram, já cumpriram o seu papel. Às vezes me falta coragem para dizer tudo o que penso e o que estou sentindo, converso comigo mesmo enquanto caminho para o trabalho. Lembrei-me do que não tenho conseguido esquecer, lembrei o quanto você é importante para mim. Lembro que era para você que eu ligava para contar as boas e as más novidades.
É estranho, mas eu mesmo me respondo, eu mesmo me debato em silêncio.
Hoje, uma conversa amiga me aliviou um pouco, me trouxe um pouco de paz. Estou melhorando, já consigo até sorrir. Mesmo que no fundo, no fundo eu quero que aquela conversa chegue até os seus ouvidos, e que depois o mesmo mensageiro me traga noticias boas. Quero saber o que você achou e o que pensou. Mas, não sinta pena, não me faça mal. Chove pouco, tudo está suspenso, nada me atrai.
Como será quando tudo isso passar, quando eu tiver na rua e me lembrar desses dias? Mas, volto a confessar, não quero que nada passe, quero tudo em carne viva. Tenho tantas coisas, “mas quando eu mais preciso, eu só tenho você.” Nada mais me serve, tudo é superficial, leve demais pra carregar. Vou jantar, estou muito magro e sem apetite. Na televisão as coisas são muito fáceis.

Bom, tudo o que posso fazer é continuar vivendo nesse meu mundinho, fazendo minhas coisas pequenas... Acordando, lendo muito e indo trabalhar. Minhas músicas estão mais tristes, só tenho ouvido o “Burguesia”, na verdade sempre gostei dele e do “Por Aí”. Acho que as pessoas só são verdadeiras quando estão por baixo, em baixa, no maior baixo astral.
Sexta feira eu vou ao cinema assistir o “Febre do Rato, dizem que é legal, também se não for não me faz mal, aliás, como diz o Renato “Hoje nada mais vai me ferir”. Incrível, como escrevo tão rápido, acho que é melhor assim você nunca vai lê mesmo, se lê não me irá dar resposta. Contudo, se cuida e tenta se manter limpa e honesta, nossa simetria é incrível, acho que foi o que nos uniu esses anos. Abraços preciso voltar aos estudos, agora vou ouvir Clara Nunes, eu sei que você gosta. Beijos.

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